Estudo mostra a importância da “chuva de sementes” no potencial de regeneração natural da comunidade vegetal de moitas das restingas.
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No artigo “Aggregated seed dispersal in a Neotropical coastal thicket vegetation: The role of microhabitat, dispersal syndrome and growth form”, publicado em setembro na Acta Oecologica, os autores Amanda S. R. Carvalho, Dorothy S. D. de Araujo e Antonio Carlos S. de Andrade, do JBRJ, e Luciane de Souza Velasque, da UNIRIO, mostram que a dispersão de sementes nas restingas ocorre de forma agregada às moitas de vegetação, quando comparada às áreas abertas.
A coleta de dados mensais mostrou que o número de sementes e de espécies foram baixos durante os dois anos de estudo. Como o clima e o solo nessa comunidade vegetal apresentam condições adversas ao estabelecimento de plântulas, a chuva de sementes mais concentrada nas moitas, onde a umidade e a fertilidade do solo são mais altas, pode favorecer o processo de regeneração natural. Além disso, apesar do clima marcadamente sazonal, há um padrão de dispersão contínua de sementes nas moitas. Os pesquisadores concluem que a limitação na dispersão de sementes confirma a baixa resiliência das restingas e esperam que esses achados possam contribuir para o desenvolvimento de estratégias efetivas de conservação e restauração desses ecossistemas costeiros.

Acesse o artigo na Acta Oecologica https://www.sciencedirect.com/.../abs/pii/S1146609X20301107