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ESPÉCIES

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OCHNACEAE

Ouratea cuspidata (A.St.-Hil.) Engl.

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Canteiro 35A

OCHNACEAE
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Ocorrência: Endêmica do Brasil e da Floresta Atlântica (floresta ombrófila e restinga), ocorre no Nordeste (Bahia, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo). Na Restinga de Massambaba é encontrada nas formações arbustiva aberta (em moitas, emergindo destas) e florestal não inundável.


Descrição: Arbusto até 4 m de altura. Folhas simples, alternas, com nervura saliente no dorso e margem serrada. Inflorescência em panículas terminais; flores pentâmeras, amarelas. Fruto múltiplo livre, formado por receptáculo carnoso vermelho e por frutíolos pretos semelhantes a drupas, com epicarpo fino bem aderido à semente, 1 a 6 frutíolos por receptáculo, apenas uma semente por frutíolo. Semente elipsoide, mediana, testa rugosa, bege a marrom clara, com fibras. Plântula fanerocotiledonar, hipógea, cotilédones de reserva.

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Informações ecológicas: Floração na primavera e frutificação no verão. Polinização por melitofilia39. Dispersão de sementes por zoocoria. Sementes sem dormência, iniciam a germinação 6 dias após a hidratação. Germinação alta (77%) e tempo médio de germinação de 15 dias. Plântulas albinas são encontradas, esporadicamente.


Observações: As flores vistosas apresentam potencial ornamental. 

ORCHIDACEAE

Cattleya guttata Lindl.

ORQUÍDEA, ORQUÍDEA-DA-RESTINGA 

ORCHIDACEAE
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Ocorrência: Endêmica do Brasil e da Floresta Atlântica (floresta ombrófila e restinga), ocorre no Nordeste (Bahia, Pernambuco), Sudeste e Sul (Paraná, Santa Catarina). Na Restinga de Massambaba é encontrada na formação arbustiva aberta (em moitas).


Descrição: Erva até 1,5 metros de altura, epífita ou terrícola, robusta. Caule com pseudobulbos cilíndricos, bifoliados, com escamas membranáceas. Folhas opostas, elípticas ou oblongas, coriáceas. Inflorescência terminal, simples; flores de 5 a 10, ou mais por haste, pediceladas, trímeras, zigomorfas, bissexuadas; tépalas esverdeadas, castanhas, amareladas ou ocres, podendo ter ou não máculas de cor castanha a verde amarelada, labelo trilobado, lóbulos laterais brancos, envolvendo a coluna, lóbulo central róseo, coluna branco-amarelada. Fruto cápsula elipsoide, milhares de sementes por fruto. Semente alada, muito pequena e leve. 


Informações ecológicas: Floração no outono e frutificação no verão, outono e inverno(216). Dispersão de sementes por anemocoria. Sementes com dormência devido ao embrião indiferenciado; no entanto, não está determinado se é dormência morfológica ou morfofisiológica(27). 


Uso local: As mulheres da comunidade local têm grande admiração por suas flores vistosas e reconhecem as áreas da restinga onde ocorrem. Há frequente extrativismo de plantas inteiras nestas áreas, para serem cultivadas em quintais.


Observações: O estado de conservação desta espécie é considerado vulnerável, como  de outras deste gênero Cattleya, é considerado vulnerável, de acordo com as informações da Flora do Brasil 2020 e do Centro Nacional de Conservação da Flora(80), pois é um grupo de interesse para cultivo e comercialização.
A reprodução das orquídeas na natureza é bastante difícil, pois suas sementes necessitam da associação com fungos para que a germinação ocorra. Técnicas de cultivo in vitro têm sido desenvolvidas para facilitar a germinação de C. guttata, gerando novos indivíduos que podem ser reintroduzidos no ambiente ou comercializados, evitando a extração ilegal e auxiliando a conservação da espécie(217).  

ORCHIDACEAE

Cyrtopodium flavum Link & Otto ex Rchb.f.

SUMARÉ

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Canteiro 35A

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Ocorrência: Endêmica do Brasil, ocorre no Cerrado e Floresta Atlântica, nas regiões Nordeste (Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Sergipe), Sudeste e Sul. A espécie é naturalizada na Flórida (EUA). Na Restinga de Massambaba é encontrada na formação arbustiva aberta (em moitas), em áreas de salinas abandonadas e locais úmidos.


Descrição: Erva rupícola ou terrestre. Caule pseudobulbos eretos, fusiformes, cobertos por bainhas, castanho. Folhas dísticas, sésseis, eretas, plicadas, lineares a lanceoladas, verdes, membranáceas. Inflorescência emitida da base do pseudoubulbo, em panículas laterais, ereta, escapo verde, brácteas escapais ovadas, paleáceas; flores trímeras bissexuadas, zigomorfas, com tépalas e labelo amarelos ou esverdeados; labelo articulado com o pé da coluna, ereto. Fruto cápsula oblonga a obovóide, milhares de sementes por fruto. Semente alada, muito pequena e leve.


Informações Ecológicas: Frutificação na primavera. Dispersão de sementes por anemocoria. Sementes com dormência devido ao embrião indiferenciado; no entanto, não está determinado se é dormência morfológica ou morfofisiológica(27).


Uso Local: Planta tradicional na medicinal local, para tratamentos de furúnculos, sendo o bulbo a parte utilizada. É também uma planta ornamental.


Observações: Há diversas indicações terapêuticas para o uso medicinal do gênero Cyrtopodium, inclusive este vem sendo vastamente comercializado no mercado farmacêutico brasileiro, pois extratos das raízes e base dos rizomas (pseudobulbo) são usados em preparos de cremes e pomadas para cicatrização de feridas, furúnculos e etc; no entanto, há poucos estudos fitoquímicos para o gênero(218).

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ORCHIDACEAE

Epidendrum denticulatum Barb. Rodr.

ORQUÍDEA

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Ocorrência: Endêmica do Brasil, com ocorrência no Cerrado e Floresta Atlântica, nas regiões Norte (Tocantins), Nordeste (Bahia), Centro-Oeste (Goiás), Sudeste e Sul. Na Restinga de Massambaba ocorre nas formações arbustiva aberta (em moitas) e arbustiva aberta em baixios inundáveis.

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Descrição: Erva terrestre ou rupícola, ereta. Caule simples, cilíndrico, de espessura constante. Folhas dísticas, coriáceas, ovadas a lanceoladas, planas, ápice arredondado. Inflorescência em corimbo, apical, ereta, base do pedúnculo envolvida por brácteas, brácteas florais membranáceas, cobrindo a base do pedicelo; flores trímeras, bissexuadas, zigomorfas, com tépalas lilases a róseas; labelo lilás a róseo, delgado, plano, trilobado, margem denticulada, calo creme, constituído por duas protuberâncias ovoides. Fruto cápsula, ovoide, verde-amarelado quando imaturo e marrom na junção as valvas a partir do início da deiscência, milhares de sementes por fruto. Semente filiforme, muito pequena e leve, branca, projeção aliforme nas duas extremidades.


Informações ecológicas: Floração na primavera, verão e outono. Frutificação no inverno e primavera. Polinização por psicofilia(219). Dispersão de sementes por anemocoria. Sementes com dormência devido ao embrião indiferenciado; no entanto, não está determinado se é dormência morfológica ou morfofisiológica(27).


Uso local: Espécie apreciada pela beleza de suas flores, principalmente pelas mulheres das comunidades locais, que extraem indivíduos inteiros para cultivo em seus quintais e/ou jardins.


Observações: Trata-se de uma espécie com potencial paisagístico, pois é de fácil cultivo em solo orgânico, arenoso e drenado, tanto em grandes vasos como em canteiros sob sol pleno, além de tolerar diversas temperaturas entre 2 e 40°C(220). 

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OROBANCHACEAE

Esterhazya splendida J.C.Mikan

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OROBANCHACEAE
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Ocorrência: Ampla distribuição geográfica, da Bahia até o Rio Grande do Sul e no Paraguai. Ocorre nos biomas Caatinga, Cerrado e Floresta Atlântica, na vegetação de áreas abertas, em campos, cerrados, campos rupestres e restingas. Na Restinga de Massambaba ocorre nas formações herbácea em baixios inundáveis e arbustiva aberta (área aberta entre-moitas).


Descrição: Subarbusto ou arbusto. Caule com ramos eretos ou suberetos, geralmente pouco ramificados. Folhas opostas, raramente alternas, geralmente glabras, sésseis a curtamente pecioladas, oval-elípticas, elípticas, lanceoladas. Flores com pedicelo ereto a subereto, glabro, raramente piloso; cálice glabro, com lacínios geralmente pilosos, cilíndrico-campanulado; corola alaranjada a vermelha, creme internamente com manchas vermelhas, pilosa externamente exceto pela base que é glabra a subglabra, lacínios elípticos, orbiculares ou obovado-elípticos. Fruto cápsula, geralmente ovoide, ápice arredondado, marrom escuro a preto, muitas sementes por fruto. Semente elipsoide, semilunar ou triangular, minúscula, testa rugosa, marrom-escura a negra, recoberta por uma estrutura triangular, rugosa e de textura esponjosa e elástica. Plântula fanerocotiledonar, epígea, cotilédones foliáceos fotossintetizantes.


Informações ecológicas: Floração e frutificação no outono. Polinização principalmente por ornitofilia(221). Dispersão de sementes por anemocoria. Sementes sem dormência, iniciam a germinação 10 dias após a hidratação. Germinação muito baixa (6%), pode estar relacionada a autopolinização(221). 

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PASSIFLORACEAE

Passiflora mucronata Lam. 

MARACUJÁ, MARACUJÁ-DO-MATO, MARACUJÁ-MIRIM

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PASSIFLORACEAE

Ocorrência: Endêmica do Brasil, ocorre nas regiões Nordeste (Bahia, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe) e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo), na Caatinga, Cerrado, Floresta Atlântica (restingas). Na Restinga de Massambaba é encontrada nas formações arbustiva fechada e arbustiva aberta.


Descrição: Trepadeira herbácea, com gavinhas bem desenvolvidas, glabra (exceto os botões forais). Caule com ângulos alados e estípulas linear-lanceoladas. Folhas simples, glabras, subcoriáceas, com pecíolo dotado de 2 a 4 glândulas opostas. Inflorescência solitária; flores solitárias, axilares, brancas, hipanto campanulado, verde, sépalas verdes, oblongas, carenada, pétalas alvas, linear-oblongas, perfumadas. Fruto baga, ovoide, verde-opaco a amarelo, com polpa pouco suculenta de sabor muito doce e agradável, com o arilo aderido às sementes, muitas sementes por fruto. Semente foliforme, achatada, mediana, testa rugosa e marrom-enegrecida. Plântula fanerocotiledonar, epígea, cotilédones foliáceos fotossintetizantes.

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Informações ecológicas: Floração e frutificação predominantemente na primavera e verão(2). Polinização por quiropterofilia(222). Dispersão de sementes por zoocoria. Sementes com dormência. Sementes recém-coletadas têm germinação muito baixa (<10%), porém após 6 meses de armazenamento sob refrigeração, a germinação foi alta (73%) e o tempo médio de germinação de 20 dias, aproximadamente(223).


Uso local: Os pescadores artesanais apreciam e consomem seus frutos in natura ou na preparação de sucos, tanto como recurso alimentar como medicinal, pois afirmam que o suco acalma, tranquiliza.


Observações: Estudos fitoquímicos recentes têm demonstrado que P. mucronata é uma rica fonte de compostos bioativos, com atividade antioxidante e antibacteriana, com destaque especial para seu potencial em tratamentos da tuberculose pulmonar(224). 
A beleza de suas flores brancas e de antese noturna sugere a utilização de P. mucronata como planta ornamental em casas noturnas, restaurantes ou outros estabelecimentos de lazer(223).

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PASSIFLORACEAE

Passiflora pentagona Mast. 

MARACUJÁ

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Ocorrência: Endêmica do Brasil, encontrada na Floresta Atlântica do Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro). Na Restinga de Massambaba ocorre na formação arbustiva aberta (em moitas).


Descrição: Trepadeira herbácea, com gavinhas. Caule cilíndrico. Folhas simples, inteiras, subcoriáceas, pilosas, estípulas setáceas. Inflorescência solitária; flores solitárias, brancas, hipanto cilíndrico, campanulado. Fruto baga, ovoide, liso, amarelo, com polpa sucosa de sabor muito doce e agradável, muitas sementes por fruto. Semente foliforme, mediana, funículo evidente, testa rugosa e marrom. Plântula fanerocotiledonar, epígea, cotilédones foliáceos fotossintetizantes. 

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Informações ecológicas: Frutificação no verão e outono. Dispersão de sementes por zoocoria. Sementes com dormência, iniciam a germinação 144 dias após a hidratação. Germinação mediana (69%) e tempo médio de germinação de 154 dias. A germinação ocorre apenas em temperatura alternada.


Usos locais: Os frutos são consumidos e usados na medicina local. 


Observações: P. pentagona apresenta atividades antimicrobianas, anti-inflamatórias e antioxidantes, assim como as demais espécies do gênero Passiflora, que possuem reconhecida importância na medicina tradicional(224).

POACEAE

Renvoizea trinii (Kunth) Zuloaga & Morrone  

CAPIM

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POACEAE
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Canteiro 35A

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Ocorrência: Endêmica do Brasil, distribui-se no Cerrado, Caatinga e Floresta Atlântica (restingas), nas regiões Nordeste (Bahia) e Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro). Na Restinga de Massambaba ocorre na formação arbustiva aberta (área aberta entre-moitas). 


Descrição: Erva alta, robusta, até 1,0 m de altura. Colmos cilíndricos. Folhas com bainhas foliares densamente imbricadas na base, pardacentas, pilosas nas margens, ápice densamente piloso, lígula membrano-pilosa. Inflorescência paniculada, espiciforme, espiguetas oblongas, esparsamente pilosas; flores brancas. Fruto cariopse, glabro, marrom claro. Semente elipsoide, pequena, testa lisa e bege. Plântula criptocotiledonar, hipógea, cotilédones de reserva.


Informações ecológicas: Frutificação no inverno. Dispersão de sementes por anemocoria. As plantas apresentam capacidade de rebrotamento a partir de rizomas, após exposição ao fogo(225).


Uso local: Espécie de uso não muito difundido, reconhecida como forrageira (“capim que serve de alimento para animais”).


Observações: Na Restinga de Massambaba, estudos ecológicos e florísticos indicaram R. trinii como uma das espécies com maior valor de importância, principalmente devido à elevada cobertura vegetal relativa, formando touceiras nas áreas entre moitas da restinga(226). 

PRIMULACEAE

Jacquinia armillaris Jacq.

PRIMULACEAE
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Ocorrência: Amplamente distribuída, ocorrendo das Antilhas Menores, Trindade e Tobago, Venezuela e Colômbia até Brasil. No Brasil, é encontrada na Floresta Atlântica (restinga), nas regiões Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte) e Sudeste (Espírito Santo, Rio de Janeiro). Na Restinga de Massambaba ocorre na formação arbustiva fechada e, ocasionalmente, na formação arbustiva aberta.


Descrição: Arbusto ou arvoreta até 5 m de altura. Caule ramificado, ramos jovens cinzas ou cinza-amarronzados. Folhas simples, alternas, pseudoverticiladas, coriáceas, obovadas a oblanceoladas, margem inteira. Inflorescência em racemos terminais; flores pentâmeras, bissexuadas, brancas, cálice com sépalas amplamente ovadas ou suborbiculares, margens pilosas, corola tubular, branco-amarelada. Fruto baga, subgloboso, vermelho-alaranjado, apiculado, polpa amarelo-alaranjada, uma a quatro sementes por fruto. Semente globosa ou ovoide, pequena, testa levemente rugosa, bege a marrom-clara. Plântula fanerocotiledonar, epígea, cotilédones foliáceos fotossintetizantes. 


Informações ecológicas: Frutificação no inverno. Polinização por cantarofilia(227). Dispersão de sementes por zoocoria. Sementes sem dormência, iniciam a germinação 21 dias após a hidratação. Germinação alta (85%) e tempo médio de germinação de 43 dias.


Observações: J. armillaris é uma espécie restrita à vegetação pós-praia de restinga que ocorre no litoral Nordeste e Sudeste do Brasil(228). É conhecida popularmente como “barbasco”, “pimenteira” ou “tingüi”, com potencial para uso paisagístico(145).

PRIMULACEAE

Myrsine parvifolia A.DC.

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CAPOROROCA

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Ocorrência: Distribuí-se ao longo do litoral, de Sergipe até o Uruguai. Comum em ambientes de restinga e em áreas próximas a manguezais. Encontrada no Cerrado e Floresta Atlântica (floresta ombrófila e restingas). Na Restinga de Massambaba ocorre na formação arbustiva aberta (formando moitas).

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Descrição: Arbusto até 3 metros de altura. Caule com ramos terminais, glabros. Folhas simples, alternas, coriáceas, glabras, lisas, obovadas, ápice emarginado, base aguda, não revoluta na face abaxial, margem inteira, levemente revoluta. Inflorescência em fascículos, com pedúnculo curto; flores pentâmeras, unissexuadas, actinomorfas, diclamídeas, esverdeadas, cálice com sépalas triangulares, tricomas curtos, esparsos, cavidades secretoras globosas com conteúdo escuro, corola com pétalas com cavidades secretoras globosas. Fruto drupa, globoso, endocarpo esclerificado, roxo a negro, apenas uma semente por fruto. Semente globosa, pequena, testa rugosa, verde-clara, fibras brancas por toda a superfície. Plântula fanerocotiledonar, epígea, cotilédones foliáceos fotossintetizantes. 


Informações ecológicas: Frutificação no inverno. Dispersão de sementes por zoocoria. Sementes com dormência, iniciam a germinação 237 dias após a hidratação. Germinação mediana (35%) e tempo médio de germinação de 484 dias. A germinação ocorre apenas em temperatura constante. As sementes formam banco de sementes.


Uso local: No passado, a madeira era intensamente extraída para uso como combustível (lenha ou como carvão).


Observações: As espécies do gênero Myrsine são conhecidas no Brasil com os nomes de “caapororoca”, “capororoca” e “pororoca”(229), cujo uso principal está associado à madeira como combustível, seguida de uso medicinal para extração de tanino e na produção de estacas para a construção civil(230). 

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